terça-feira, 13 de setembro de 2011

"Arquitetos do Poder"

Entrevista com Alessandra Aldé, diretora do documentário "Arquitetos do Poder", publicada na Revista Estudos Políticos (nov/ 2010).


Alessandra Aldé é professora adjunta da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora associada do Doxa/IUPERJ. Desde 2002, Alessandra esteve envolvida com o projeto do documentário Arquitetos do Poder, lançado em outubro de 2010 com o objetivo de traçar um panorama das relações entre mídia e política no Brasil a partir das eleições de Getúlio Vargas, em 1950, até as eleições de Lula, em 2002. Junto a Vicente Ferraz, com quem dirigiu o filme, mobilizou imagens de arquivo e depoimentos de personagens de destaque na política e no marketing político nacional. Em entrevista para a Revista de Estudos Políticos, Alessandra comenta o objeto de seu documentário, bem como seu processo de criação.
Ficha técnica: Arquitetos do Poder. Direção: Alessandra Aldé e Vicente Ferraz. Produção: Urca Filmes. Co-produção: Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro.
Cristina Buarque: Como você avalia o impacto do marketing político na construção do processo democrático brasileiro?
Alessandra Aldé: Quando chamamos a comunicação política ou a persuasão política com o nome de marketing político, estamos associando-o a uma prática ligada ao mercado, com características muito contemporâneas. Ou seja, adotamos uma perspectiva que distorce um pouco o que poderíamos chamar de essência do marketing político, que, na verdade, é uma coisa mais permanente da  política, isto é, a necessidade de convencer os outros com a palavra e com a imagem. E como elemento da política essa necessidade sempre existiu, mesmo em contextos autoritários. E aí, entre os exemplos clássicos, temos o Maquiavel, que já no século XV estava elaborando uma teoria sobre como usar a imagem para auxiliar o exercício do poder. Ou seja, você sempre pode recorrer à força, mas, se você conseguir cativar pela persuasão, você tem muito mais facilidade de exercer o poder. Na democracia, isso fica ainda mais evidente porque nela a relação entre a opinião pública e o poder é muito mais direta, por meio do voto. À medida que os direitos políticos vão se expandindo e mais parcelas da população vão se incorporando ao processo decisório de escolha pelo voto, existe a necessidade de se estabelecer uma relação de convencimento entre as elites, que exercem o poder, que precisa ser legitimado pela opinião pública. Então, o que era a vox populi na época de Maquiavel, de uma forma talvez um pouco simbólica? Era importante cativar o povo, mas, se não desse, havia sempre o recurso da força. Na democracia, isso passa a ser essencial. Na democracia brasileira, essa prática da comunicação política persuasiva do marketing emerge mais claramente. As experiências desde os anos 30, com Getúlio Vargas, são, em termos temporais, paralelas aos primeiros movimentos de propaganda política fascista e nazista, que são muito estudados. Este foi o primeiro momento em que a academia leva um susto com a comunicação política e passa a prestar atenção nela como um poder, como uma força. A propaganda política foi ganhando maior relevância com o cinema e o rádio e aí, depois dos anos 50, com a televisão. Aí você tem vários exemplos, desde o uso do rádio, por Hitler, e do cinema, também pelo regime nazista, contribuindo para criar uma cultura favorável para poder legitimar o poder. As experiências por parte dos aliados são menos conhecidas, mas também são sempre citadas e lembradas. Por exemplo, as famosas fotos de Hiroshima, que retratam a tomada pelo exército americano de uma ilha japonesa, soube-se, depois, que foram montadas artisticamente para que pudessem produzir um efeito mais dramático. A representação da bandeira, a posição dos homens, a iluminação… tudo foi pensado de uma forma que hoje a gente chamaria de marketing, mas que na época não tinha esse nome. Então, não é um meio específico que inaugura o marketing político. Ele vem se atualizando em sintonia com os contextos sociais e tecnológicos que encontra.
CB: Quais você considera as principais transformações e também permanências do marketing político na experiência democrática brasileira, considerando o recorte temporal do seu documentário [1950- 2006]?
AA: Ih, tem tanta coisa né? Se consideramos, por exemplo, esse período inicial, a propaganda tinha um formato muito diferente. O rádio tinha um papel importante que não era exatamente de propaganda. Os jingles muitas vezes eram feitos para tocar no rádio e não tinham um horário específico para isso, como acontece hoje. Com relação às mudanças, tem duas coisas paralelas relacionadas ao que eu estava falando. A primeira delas é a mudança tecnológica. Então, a entrada da televisão é o principal marco. A propaganda política pode se dividir em antes e depois da televisão. Aos poucos, o domínio dessa linguagem específica, a profissionalização das equipes que conduzem as campanhas, a maneira como as pessoas que eram profissionais da linguagem de televisão passaram a ter influência no formato do discurso… Essas coisas gradativamente fazem a televisão ocupar um espaço cada vez maior na propaganda. Se você olha as campanhas mais antigas, elas têm uma estética mais amadora, menos adequada aos formatos e ainda influenciada por formatos mais antigos, como o comício. Aos poucos, ao longo dos anos 80 e 90, você vai vendo uma aproximação com a linguagem publicitária, a linguagem profissional. Não é à toa que a propaganda política brasileira é feita por profissionais tanto da publicidade quanto do jornalismo. Isso é uma característica particular da propaganda política brasileira, que tem um horário eleitoral com formato mais longo. Então, é um equívoco a gente chamar o nosso formato de propaganda americanizada, pois aqui ela é muito influenciada pelo jornalismo, o que não acontece nos Estados Unidos. Eles não têm o tempo que nós temos. A propaganda lá é comprada dos canais de televisão em trinta ou sessenta segundos. Aqui não, aqui é uma das democracias que mais reserva tempo de televisão nos canais abertos, obrigatoriamente, com tempo longo para todos os partidos. Então, para começar, é muito democrático. Por mais que as pessoas reclamem e digam que alguns partidos têm mais tempo do que outros… Mesmo os que têm pouco tempo, têm muito mais tempo do que um partido que não tenha representação em outras democracias. Imagina um partido que não tenha representação nenhuma como o PCO, por exemplo, ter lá, todos os dias, um tempo garantido em horário nobre, em todos os canais de televisão, para dizer a sua plataforma. Alguns souberam aproveitar isso muito bem e se expandiram com o tempo. Em termos de linguagem, isso dá à propaganda política brasileira uma característica particular. Ela é de televisão, mas ela não é exclusivamente publicitária. Ela tem um formato muitas vezes parecido com documentário, com telejornal, com programa de auditório, com coisas que as pessoas estão acostumadas a ver na televisão todo dia. Como a televisão brasileira é de alto padrão de qualidade, o espectador não vai assistir uma coisa que ele considere com uma linguagem pouco adequada… O telespectador desqualifica o horário eleitoral proporcional, aquele desfile dos deputados. Já o horário majoritário, ao longo do tempo passou por um aumento muito grande de custo. Queremos atingir o eleitor de qualquer maneira… É ali que está se jogando todo o poder da democracia. Então, isso faz com que as campanhas queiram ser cada vez mais profissionais, falar a linguagem certa. E aí são cada vez mais caras as necessidades. 1994 foi um ano marco porque teve uma campanha muito cara que envolveu produtoras de publicidade, coisas filmadas em película, tudo produzido dentro de estúdio porque tinha uma limitação quanto ao uso de imagem externa, e isso encarece demais, além de todas as equipes de filmagem que têm um custo muitíssimo alto. Então, isto foi estabelecendo um padrão e hoje existem campanhas milionárias, puxando umas às outras pra cima porque todo mundo quer entrar no jogo no mesmo nível, no mesmo patamar. Poderia haver limitações legais a isso tanto com relação à duração desse horário, que é longo, quanto com relação aos gastos, que poderiam ser limitados. Essa seria uma discussão do Congresso.
 
CB: Alessandra, você poderia comentar um pouco o processo de criação do documentário e destacar como essa idéia ganhou corpo e quais foram, ao longo do processo, as dificuldades e também os incentivos que você encontrou?
AA: Bom, tenho que resumir um processo de cinco anos de duração… Na verdade, o projeto foi um pouco anterior porque essa idéia surgiu em 2003, depois da eleição do Lula em 2002. Essa eleição foi muito comentada em termos de marketing político porque era como se o PT, quando finalmente se rendeu ao marketing, conseguiu se eleger. Foi a eleição do Duda Mendonça. Claro que, quando analisamos a eleição, relativizamos o poder do marketing porque era uma eleição com um contexto tão favorável ao Lula que nem foi um feito tão relevante a campanha super competente feita pela Duda. Foi uma campanha linda. E aí surgiu essa idéia de a gente recuperar essa história. Em outros países existe uma memória audiovisual das eleições, com documentários feitos sobe esse percurso. No Brasil, a gente tem pouco. Tem alguns filmes que são mais de processo da ditadura e da redemocratização. Mas não tinha uma coisa didática. Eu sou uma professora, não sou uma cineasta, e a pretensão original era ter um material para mostrar para os meus alunos em sala de aula, era bem modesta. Mas como eu não sou uma pessoa do cinema, eu convidei para esse projeto o Vicente Ferraz, diretor de cinema que também gosta dos temas políticos. A gente sempre conversou muito sobre política e tinha algumas idéias em comum sobre isso. A idéia ganhou corpo quando foi aceita por uma produtora que aceitou o IUPERJ como parceiro. O roteiro original já era uma boa parte do que a gente acabou fazendo: a idéia de recuperar a história, algumas eleições emblemáticas como 89, o papel do jornalismo político em eleições como a do plano real, por exemplo… A gente já tinha os principais eixos, mas um documentário é sempre uma coisa surpreendente porque, à medida que você vai entrevistando as pessoas, as histórias ganham corpo. Outras que você tinha expectativa de dar grandes depoimentos às vezes não acontece… Então é um processo dinâmico, muito fascinante. Os depoimentos foram feitos com entrevistas em profundidade. E a pesquisa de arquivo é potencialmente infinita. O arquivo audiovisual no Brasil é muito mal conservado e de difícil acesso. A gente tem o problema dessas imagens não estarem disponíveis em arquivos públicos e do seu uso para documentários educativos como esse ainda ter restrições de propriedade, ou seja, a gente ter que pagar direito de imagem, direito de autor, para um uso como esse que é um uso cientifico, educativo. Legalmente, seria prevista essa possibilidade de uso gratuito, mas a prática é outra. Então, a gente esbarra em todas essas dificuldades. Acho que o principal aprendizado é o da linguagem do cinema, que é muito fascinante. Entrar na ilha de edição com essas dezenas de horas de possibilidades e transformar aquilo numa coisa que tem que ter um ritmo, personagens, narrativa… Eu realmente aprendi muitíssimo com a equipe. É um processo difícil, mas o resultado é muito interessante porque você consegue atingir um público que não teria interesse em pegar um artigo cientifico. A gente fez um pouco o que os marketeiros fazem. A academia tem um pouco essa dificuldade, não faz muito esforço para adequar o conhecimento à sociedade. Falamos muito para nós mesmos. A academia pode estabelecer pontes de difusão cientifica novas e cabe a nós pesquisar e descobrir essas pontes

31 comentários:

  1. As campanhas publicitárias, em sua ideologia, não são condenáveis. Trata-se apenas de uma forma de destacar o candidato em meio a tantos outros existentes no cenário político. O peoblema aparece quando a ideia da campanha não é mais mostrar-se na esfera pública, mas sim “vender” o candidato como propostas e como imagem.
    São usadas tecnicas de imagens, de audio, tempo e forma de exposição na mídia, lembrando muito as propagandas de produto cujo objetivo é convencer e vender. Políticos são tratados como objetos, dos quais o eleitor terá que escolher um para “comprar” - no caso, eleger.
    Esse principio é ancorado pelas afirmações de Antônio Albino, que diz que a mídia se associou diretamente ao desenvolvimento capitalista e sua difusão, forjando uma sociedade onde tudo é consumido, até a democracia.

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  2. As campanhas publicitárias não trazem consigo somente a missão de convencer que aquele ou outro candidato é o mais preparado para ocupar o cargo, mas o objetivo de supervalorizá-lo, transformando-o num super-heroi cheio de qualidades e superpoderes para governar e solucionar os problemas do país.
    Para tanto, as inovações tecnológicas possuem um papel fundamental para a elaboração de uma boa campanha publicitária. Do rádio à produções com efeitos da indústria cinematográfica, as campanhas ganharam qualidade e enfatizam, assim, a ideia de “venda” de tal candidato para ocupação do cargo. Além das ideologias e propostas de governo, agora a campanha publicitária é tida como uma das armas principais para eleger alguém.

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  3. O documentário “Arquitetos do Poder” aborda a intrínseca relação entre a política, a mídia e a propaganda e como elas se intercalam e se transformam, desde a era Vargas até o governo Lula. Antes de mais nada, é discutido o que é o marketing político (visto como “a construção da realidade de amanhã”) é um jogo estratégico utilizado pelos partidos políticos, na guerra pelo poder, guerra cujo o intuito não é eliminar o oponente e sim ganhar.

    O processo eleitoral é cheia de intenções escondidas, que nem a imprensa, muito menos a sociedade, realmente conhece essas “reais intenções”. As campanhas políticas tinham o apoio dos veículos de comunicação, como rádio e Tv e assim “espalhavam os seus ideais” e conquistavam o povo. É discutido que saímos da ditadura dos militares e caímos na ditadura da Tv, que passa a ser um veículo com bastante poder influenciativo e ela pode criar ídolos, manipular debates ( inclusive o resultado desse debate). As linguagens e meios utilizados pelos partidos políticos em suas campanhas também se transformam.

    Em se tratando da intercalação com a entrevista, muito do que foi lido na entrevista, foi visto no documentário, como a discussão sobre a relação entre a mídia e a política desde 1950 até 2002; a construção do processo político democrático brasileiro; o poder da palavra e da imagem construída pela mídia e pelo partido político e conseqüentemente da opinião pública; a publicidade e o jornalismo, que trabalham juntos nesse cenário político, destacando a propaganda como veículo de propagação de uma ideologia política.

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  4. A propaganda política pode sim ser considerada um veículo de poder e de dominação das massas. Uma boa campanha política garante uma maior visibilidade e uma maior aceitação pública ao candidato. Não é à toa que ultimamente os partidos vêm investindo cada vez mais em uma campanha melhor trabalhada e que não fique devendo nada aos outros partidos.
    “se você conseguir cativar pela persuasão, você tem muito mais facilidade de exercer o poder.” Podemos identificar nessa fala da Alessandra Aldé, um elemento que é muito interessante e essencial dentro da lógica democrática: O poder de persuasão. O governante através do marketing político, que se renova constantemente, é capaz de atrair a atenção do público, aumentando consequentemente o número de adeptos as suas propostas.
    No documentário “Arquitetos do Poder”, temos um exemplo disso. A evolução da campanha política do Lula, desde sua primeira candidatura em 1989, até 2002, quando se efetivou como Presidente da República.

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  5. Num sistema democrático onde o poder é alcançado pelo voto, é necessário a legitimação da opinião pública. E para se conseguir essa aprovação geral é preciso chegar a todos, aí entra o papel dos meios de comunicação. E além de chegar, é preciso convencer, através do discurso, nesse ponto atua o marketing político. A propaganda acompanha a política, mas será que desde o princípio seu objetivo era o marketing?
    Com o tempo a propaganda evoluiu e fez aliança com a mídia de massa. Primeiro com o rádio, depois com a TV. E a campanha política teve que se adequar a esses meios para se expandir, como a fala cadenciada nas transmissões radiofônicas de baixa qualidade. O marketing no mercado objetiva vender um produto. Na política não é diferente, o candidato vende suas propostas em troca de votos. E para vender é preciso persuadir, para isso o discurso transformou-se pela linguagem publicitária e jornalística. Isso elevou a qualidade da propaganda, pois todos buscavam nivelamento. A agenda da campanha é tão importante quanto a maneira como ela será divulgada.
    A TV entra como um divisor de águas e toma uma posição soberana nas eleições. Não se pode negar que a maneira como a Rede Globo vendeu a imagem de Collor – “caçador de marajás” – e FHC – tutor do Plano Real e salvador da economia – influenciou o resultado das eleições. O poder da mídia é incontestável.
    A política não é guerra e sim concorrência, é preciso vencer o inimigo e não matá-lo. “A propaganda é a alma do negócio”, e não há mal nenhum que se faça uso dela, desde que não seja uma falsa propaganda ou apenas propaganda. Mas mesmo com a publicidade e a mídia, a proximidade com os eleitores conta pontos. Fazer comício num país extenso como o Brasil custa caro, campanhas custam caro. Mas não é revelado quanto. Nas ditas propagandas não se falam em valores, esse assunto permanece obscuro. Quanto custa a democracia?

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  6. O documentário “Arquitetos do Poder” se concentra em demonstrar a relação entre a política e a propaganda através do marketing. Alessandra Aldé associa o marketing na comunicação política como uma prática ligada ao mercado, essencial a política, no qual possui o poder de convencer a população com a palavra e com a imagem.
    Em relação à propaganda política, ela foi ganhando importância com a chegada principalmente da televisão. Aldé põem a televisão como um divisor de Águas para a propaganda política, fazendo-se do uso da linguagem publicitária e a linguagem profissional (jornalista). É como se a propaganda televisiva fosse essencial para eleger um candidato; para ela as eleições de 2002 foram decisivas para o PT, pois para muitos o responsável pela eleição do Lula foi o marketing político.
    Atualmente não há campanha bem sucedida sem uma boa propaganda política, é através dela que o candidato consegue levar aos eleitores suas propostas, alcançando através da mesma o maior número de eleitores possíveis, para que assim possam conquistar seu objetivo, que é ser eleito.

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  7. Vivemos em uma sociedade com caracteristicas Capitalistas, onde tudo vira mercadoria com o sentido de lucro. Na politica não foi diferente,onde uma campanha com um marketing bem elaborado e desenvolvido poderá ser a ganhadora da eleição. Onde começa justamente quando o canditado muda totalmente sua rotina, frequentando comicios,com uma acessoria forte, e formação de Comitês. Outro fator importante do documentario "Arquitetos do Poder”,é o silêncio ao uso de dinheiro no financiamento das campanhas. Fica claro que na época das eleições , nenhum meio de comunicação trata o tema com os candidatos.No Brasil, o tipo de financiamento adotado é o misto, e as doações podem ser privadas ou públicas (por meio do fundo partidário).
    Torna-se claro que a mídia influência o poder de voto dos seus telespectadores, temos um exemplo forte na eleição de Collor com o Jornalismo da Globo.

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  8. O marketing é muito importante para se eleger um candidato,mas será que isso é bom para a democracia?
    Getúlio Vargas usava de marketing político para melhorar o estatus do governo,assim como em alguns modelos fascistas,a propaganda funcionava como um auxílio ao autoritarismo.Na época as propagandas buscavam tocar o emocional e não o racional das pessoas.Hoje,muita coisa mudou,ou não...
    Ao ver algumas eleições recentes,tenho a sensação de que muitas pessoas estão votando no publicitário e não no político.Talvez estejam voltando um pouco à era Vargas,sendo tocadas no íntimo e não sendo levadas a pensar.Lula,por exemplo,quando ganhou as eleições,talvez tenha ganho não por suas propostas,mas por sua postura e por toda uma produção por trás das câmeras.Então o que seria mais importante,as propostas ou todo o resto?Os publicitários que me desculpem mas,para a democracia,eu fico com a primeira opção...

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  9. A arquitetura, no documentário, a princípio, designa a construção do poder feita pela imprensa, os políticos e a publicidade que é feita nas campanhas. A comunicação política surge como o marketing que se faz fundamental e decisivo nos processos políticos. Hoje usam inclusive de muita psicologia, estratégias de comunicação de massa. Acredito que o ponto alto seja a ética duvidosa da imprensa nesse ínterim entre os objetivos ocultos dos candidatos e as formas de veiculação. É indiscutível o poder de influência dos meios enquanto mediadores entre os representantes e o público, e o prejuízo causado à democracia por isso. Outro fator é a desagradável detenção dos veículos comunicativos pelos políticos, é um problema a nível mundial, mas ações como redes abertas de programas televisivos e outros canais, assim como leis que proíbam este acúmulo amenizam esse efeito...

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  10. Podemos perceber tanto no documentário quanto na entrevista de Alessandra Aldé que no campo da política sempre houve a necessidade de convencer os outros com a palavra e com a imagem. Sendo que aquele que consegui cativar pela persuasão, tem muito mais facilidade de exercer o poder. Na democracia, isso fica ainda mais evidente porque nela a relação entre a opinião pública e o poder é muito mais direta. É nessa busca por votos que entra em cena o papel do marketing político, que nos últimos anos vem ganhando um espaço maior nas campanhas políticas, seu espaço é tão notável que foi capaz de mudar o foco das campanhas políticas, pois se antes o candidato usava da sua imagem e da sua palavra para convencer hoje eles moldam sua imagem e seu discurso para se enquadrar perante a opinião pública.
    Outra consequência dessa maior participação dos marketeiros é sem dúvidas o foco das campanhas, hoje fala-se menos em projetos, planos de governo o foco é maior na fabricação de uma imagem aceitável pela opinião pública. Por isso podemos concluir que campanha eleitoral no Brasil é a busca pela imagem perfeita e não mais pelo projeto mais adequado para a nação.

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  12. O marketing das campanhas é elaborado pelos marqueteiros que estão mais interessados em vender o candidato para uma grande parte da população que não possui instrução correta para analisar os políticos e suas propostas. No vídeo, é apresentado como o marketing das campanhas para presidência desde Getúlio até Lula é feito, vemos que até a forma de comportamento do candidato muda por que em primeiro lugar ele tem que se divulgar para a população, alianças com meios de comunicação são feitas para que haja um certo favorecimento do político perante outros, isso é nada mais nada menos do que manipular a democracia de uma forma que passe despercebida dos olhos do povo. Embora na teoria a democracia brasileira tenha evoluído, sabemos que na prática isso não ocorre de fato pois existe uma minoria que domina a política, é um ciclo vicioso no governo. Quando será que a democracia vai realmente existir de fato em um país onde até cargos de governo são negociados como em uma feira livre?

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  13. O marketing é peça fundamental no campo da política, segundo o documentário "Arquitetos do poder". Pode-se dizer que dentro da campanha política existe um papel importante da publicidade, deixando a exposição de idéias propriamente dita em segundo plano. Como foi dito no documentário, é preciso mostrar o lado bom do político e tentar neutralizar o seu lado ruim, pois a sociedade sabe que todas as pessoas têm um lado bom e um lado ruim. Então, cabe à publicidade enfatizar o melhor e maquiar o que não é bom aos olhos da sociedade.
    Uma campanha recente que teve uma campanha quase 100% marketing foi a do deputado federal Francisco Everardo de Oliveira Silva, o Tiririca. Sua campanha foi inteira baseada no humor do personagem e não na apresentação de seus planos, e mesmo assim o deputado federal mais bem votado no Brasil, compravando o poder da publicidade nas campanhas eleitorais.
    Isso explica o aumento gradual no valor das campanhas eleitorais. A importância e, consequentemente, o valor do marketing aumenta a cada eleição.

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  15. O marketing é um fator essencial para uma campanha política. Dependendo da forma como for arquitetado, é ele que vai determinar se um candidato irá ou não cair nas graças do povo. Embora haja afinidade ou certa simpatia por parte de alguns marketeiros com relação a determinados candidatos, o marketing político é tratado como uma mercadoria. Logo, o marketeiro irá fazer seu trabalho para aquele que o melhor lhe remunerar. O marketing em uma campanha política consiste em mostrar os aspectos positivos de um candidato, maquiando o seu lado ruim o máximo possível, além de tentá-lo deixar bem próximo da população por meio de discursos, vídeos, jingles e outros recursos que estejam associados aos interesses da mesma.
    Devido à intensa disputa entre os candidatos, as campanhas na maioria das vezes se desviam do seu foco principal, que é mostrar as propostas do candidato para os problemas existentes no país (no caso da campanha presidencial), e acaba levando as discussões nela presentes, para um âmbito pessoal, onde um candidato tenta destruir a imagem do outro e não construir a própria. Outro fator que interfere na campanha é quando uma empresa de comunicação faz seu próprio marketing favorecendo candidato A ou B, fato que pode ser observado ao se ver um mesmo fato sobre determinado candidato sendo divulgado de maneiras diferentes, dependendo dos interesses da emissora (no caso da TV) pelo qual está sendo veiculado. No documentário o exemplo citado foi o da edição do debate entre Collor e Lula em 1989, que influenciou diretamente no resultado das eleições.

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  16. “Arquitetos do poder, Com a mão na massa”
    Bastidores, cenografia, depoimentos. Nessa perspectiva documental a diretora do documentário, arquitetos do poder, trabalha numa analise sobre as campanhas dos presidentes que mais se utilizaram da comunicação social tanto jornalismo quanto publicidade e propaganda para a promoção de suas imagens. Mais uma vez a comunicação e a politica tornam-se ferramentas indispensáveis na eleição de um representante.
    Por estar ligada a questão mercadológica, ao entrar em contato com a política os profissionais do marketing, usam de recursos da propaganda e muitas vezes até do cinema, na tentativa de dar um destaque ao candidato apresentado.
    Utilizando-se da ambiguidade apresentada no titulo, percebi que os candidatos trabalham de forma praticamente incansável em suas campanhas, fato de esse de usar “com a mão na massa”. E também mostrado no documentário. A pesquisa e a argumentação utilizada pela diretora é parecida com a micro história, o que deixa um clima de constante investigação.
    Enfim o documentário e revela as campanhas eleitorais como forma de comércio, e também dá certo ar de heroísmo para os profissionais do marketing, pois os mesmos se mostram como os responsáveis pela eleição dos líderes da nação. O filme nos conta ainda a força dos meios de comunicação massivos como o rádio, em sua era dourada, e a televisão que marca o período de mudanças na forma de mostrar os candidatos e na apresentação de suas propostas, atos constitucionais e seus históricos.

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  17. Propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato, a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional. O documentário "Arquitetos do poder" mostra a relação entre mídia e política, estabelecendo uma análise dessas relações desde a época de Vargas até a reeleição de Lula. Mostra também a profissionalização da comunicação política, das campanhas aleatórias executadas de qualquer maneira às campanhas profissionais, verdadeiras peças publicitárias. Nota-se ao longo do documentário como a democracia brasileira vem amadurecendo e a "criação" dos políticos candidatos à presidência por seus marqueteiros e pela mídia. No Brasil, não há um jornalismo político e/ou partidário expressivo que ofereça ao leitor perspectivas políticas competitivas, a mídia é utilizada para produzir políticos, mostrar apenas as coisas boas deles, banalizando-os, - geralmente em tempos de eleição - quando o seu papel deveria ser vigiar e fiscalizar o poder, promover o debate e mobilizar civicamente o cidadão. Como é citado na entrevista, "você sempre pode recorrer à força, mas, se você conseguir cativar pela persuasão, você tem muito mais facilidade de exercer o poder.", a mídia se utiliza desse fato para a manipulação da opinião pública.

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  18. Podemos destacar no início do documentário, todos os símbolos e os signos que são representativos para o poder e a política brasileira, como por exemplo a imponência da arquitetura e de todos os espaços públicos de Brasília, palco principal de toda cena política importante para o Brasil. Palco esse usado para grandes performances dos marqueteiros com muita habilidade. É o centro, é o foco, é a conquista tão almeijada pelo poder. O envolvimento desses profissionais com a política vai desde a frieza encontrada em alguns, como o sentimentalismo e a paixão pela politica encontrada em outros. O uso de várias artimanhas do marketing, da publicidade e do jornalismo levam um candidato a um status nunca antes esperado. Esse por fim ganha uma credibilidade e uma confiabilidade com o seu comportamento e em seu discurso, nunca antes vista. Os gestos, as palavras, as atitudes, os manifestos que partirem deste individuo são questionáveis. Será que ele é assim mesmo, ou tudo é fruto do marketing? Os anos se passaram, as novas tecnologias foram inseridas nos movimentos democráticos mais a essência das campanhas, se formos comparar continua a mesma do ano de 1960 onde Jânio Quadros levou multidões as ruas com o tema "Varre, varre, vassourinha". Hoje posso dizer que o "Lula lá, e a Dilma cá" continua levando multidões emocionadas às ruas, talvez pela esperança de um povo que nunca cansa de ter esperança.

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  20. Uma frase que eu vi no filme “Mera Coincidência” (Wag the Dog, Barry Levinson) me chamou atenção e faz pensar a respeito do que trata o documentário da Alessandra Aldé, “A TV Destruiu o processo eleitoral”, e olha que nos EUA o espaço destinado a propaganda política na TV é bem menor do que aqui no Brasil, segundo consta na entrevista da Alessandra Aldé. A frase é forte e talvez exagere quando fala em destruição do processo eleitoral, mas a televisão realmente mudou o modo de fazer propaganda política ou marketing político.
    Esse marketing político pode trazer problemas ao processo democrático dentro de uma esfera pública, por exemplo, um candidato pode se eleger sem que o povo leve em consideração suas propostas políticas e sim por uma “boa sacada publicitária” que fez com que determinado candidato conquistasse a simpatia do povo, ou seja, o candidato vira mercadoria, o povo vota nele da mesma forma que compra BomBril.
    É comum também candidatos que já são conhecidos pela televisão, mas que não tem nenhuma experiência política se elegeram por conta do carisma conquistado, como o caso do Clodovil, Tiririca, Romário e muitos outros.

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  21. Como vivemos em uma democracia, o poder de persuasão nas campanhas políticas impera. Como bem destacou Alessandra Aldé, "você sempre pode recorrer à força, mas, se você conseguir cativar pela persuasão, você tem muito mais facilidade de exercer o poder", no caso das campanhas não é somente as palavras, mais sim um conjunto de recursos audiovisuais, músicas que grudam na cabeça do eleitor, panfletos, pesquisas(vezes verdadeiras, vezes não)e tantos outros componentes de um marketing político e comercial, a favor ou contra de determindados candidatos. Isso leva a sociedade a uma constante participação nas decisões e no final dos pleitos o que é um ponto positivo. Por sua vez o jornalismo introduziu novas formas de abordagens do candidato, com linguagens mais claras e compreensiveis, mais nem sempre imparciais, adotadas pelos grandes marqueteiros e publicitários do país. Do lado politico é tudo uma grande corrida pela vitória, e pelo poder, e do lado dos marqueteiros uma ascensão profissional.

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  22. O documentário "arquitetos do poder" como o próprio nome já diz mostra a construção da imagem dos políticos e a evolução que essa construção sofre ao passar dos anos 50 até 2006. mostra bem como é feita e elaborada as campanhas eleitorais dos políticos.
    O que se percebe é que o principal foco desses arquitetos é passar para o público a boa impressão do político, para que ela se fixe em uma imagem boa e vendável. no caso do documentário que fala sobre as campanhas publicitárias. O que aconteçe é que nessa construção de imagem que, na maioria das vezes, não é mostrada a realidade em si, mostra somente aquilo que vai favoreçer o candidato e que vai induzir e influenciar na decisão do eleitor na hora da eleição. A indução de que você deve votar naquele candidato porque ele é bom. Pelo menos é essa a principal meta.
    A entrevista com a Alessandra Aldé só concretiza a minha percepção. Ela fala que existe uma necessidade na convenção dos outros, que pode ser dada com força que a palavra pode ter na indução da decisão do espactador e com a boa imagem do candidato.
    No documentário, ela mostra a evolução que a propaganda eleitoral sofreu, passou das músicas ouvidas nas rádios para as propagandas em horários nobres, com vários efeitos persuasivos.
    Enfim a intenção do documentário é mostrar a força que uma boa impressão, mesmo que essa seja forçada e elaborada por outros, pode conduzir e persuadir as pessoas. Afinal todos votam naquele candidato que acham ser confiável, e essa confiança é passada pelas própias propagandas. Propagandas tais que são totalmentes editadas e veiculadas na total intenção de conduzir e prender a atenção do eleitor.

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  23. O poder político e o poder comunicativo
    Esses são os dois principais pontos que exercem poder sobre a chamada massa: De um lado, por meio do voto dessa massa, é garantido o poder a um representante do povo perante o estado civil. Do outro um poder conquistado pela eficiência comunicativa das diversas mídias, exercido por eles por meio de um eficaz sistema de persuasão.
    Estes dois poderes estão sempre interligados. Seja por convergência de interesses, pela disputa partidária ou ideológica, pela dependência gerada pela parte financeira ou mesmo por uma relação de domínio.
    Com o surgimento da democracia e da mídia televisiva, essa relação se estreita. Para que ambos exerçam seu poder sobre a massa, entre eles deverá haver uma relação de dependência.
    Essas relações são apresentadas pelo documentário: Arquitetos do poder, que faz um resumo das principais campanhas políticas presidenciais desde o governo Vargas até a chegada de Lula ao poder. Nele podemos observar a importância que ambos os poderes tem um para o outro.
    Então essa relação seja de união ou mesmo de disputa entre essa minoria faz com que consigam, ao longo do tempo, exercer um forte poder de influência no processo de decisão da grande massa.

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  24. Nos tempos contemporâneos a publicidade política está cada vez mais interligada com a venda da imagem e da palavra, mas isso não exclui o fato desta divulgação publicitária já existir há muito tempo, sobre outras nomenclaturas, hoje chamamos de marketing político. Este fica cada vez mais preocupado em passar dados convincentes e persuasivos, poucos interessados em mostrar coisas verídicas, com o intuito unicamente de lucrar sem pensar na esfera pública; muitos marketeiros se vendem e esquecem do princípio básico da política, o chamado capital social, que busca cooperação e confiança para um progresso e desenvolvimento social.
    O jogo de estratégias políticas no ramo da publicidade é sem regras, políticos não se preocupam mais em buscar as necessidades sociais para solucionar, para ganhar um público grande é muito mais fácil contratar um bom marketeiro. Como a democracia e as eleições políticas custam caro, não se pode jogar uma publicidade qualquer nos meios de comunicação, tem que se planejar bem as campanhas políticas. Como disse no início, o marketing político sempre existiu, mas com o tempo ele vai se moldando de acordo com a sociedade, se adequando aos veículos e meios de comunicação.

    (Giovânia de Alencar Araujo)

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  25. Arquitetos do poder, mostra bem claro para todos um marketing político por trás da midia.Os candidatos manipulam a opinião do povo, fazem seu jogo no final muitas vezes se dão bem. Isso mostra bem claro que uma grande batalha política sempre é bem exposta as pessoas, mas muitos não sbem muitas vezes como isso se dá, e como a mídia tem uma forte influência sobre os pensamentos e opiniõe das pessoas. O documtários nos faz rever que a política e a mídia sempre andam juntos na maioria das vezes, ambos sem completam e ao chegar no poder,mostram uma soberania invejável a muitos outros políticos, mas que muitas vezes, não atende a demanda do que o povo precisa. A briga para chegar ao poder não mede esforços, candidatos de diferentes propostas e posturas surgem, alguns mais simples e outros mais bem produzidos, mas que ao final só ganha aquele que argumentar melhor, e que também cativar ao público. Os meios de comunicando ação realmente se tornaram uma arma da política tanto para atacar, quanto para mostrar o que o povo precisa. Mas, que nem sempre é assim, uma maquiagem é feita por trás de tudo favorecendo seus interesses políticos, e assim deixando a desejas. A nossa sciedade tem que acordar, mostrar que o voto é sério, dizer para os senhores políticos que a voz do povo fala mais alto, basta também a mídia ajudar, interagir, saber das necessidades das pessoas, e assim os políticos avaliarem melho suas posturas, para que governem dignamente.
    Joelson...

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  26. Bom, que o domínio político no nosso país (e em vários outros) fica concentrado nas mãos dos poderosos, isso não é segredo pra ninguém, porém, analisando essa afirmativa mais a fundo; que poder é esse afinal? se em uma democracia quem legitima a autoridade política é o povo? As vezes generalizamos esse assunto, julgando até como causa perdida e dessa forma nos ausentamos da responsabilidade de cidadão, de refletir em quem estamos votando e principalmente em fazer valer nossos direitos. Na realidade, é justamente no descomprometimento do cidadão e no não-reconhecimento do seu posto como legitimador da democracia na sociedade que os ditos "poderosos" se aproveitam para convencer e/ou manipular as opiniões para conseguirem o que querem, e a persuasão aliado ao marketing político são suas armas nessa batalha. A mídia nesse contexto, se apresenta basicamente no papel de arrecadar o maior número possível de simpatizantes ao seu candidato, ou seja; propaganda, publicidade, nada mais, e com a popularidade e visibilidade alcançada através das estratégias de campanha favorecem aos candidatos o alcance dos seus objetivos. De fato, a nação brasileira tem muito que caminhar para um dia alcançar uma democracia em seu sentido mais puro, a educação é a base do conhecimento, e diga-se de passagem que nossa nação sempre foi carente nesse aspecto, e sem a edução não se forma uma visão crítica, e sem a visão crítica torna-se fácil a manipulação.

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  27. A maneira de exposição política evoluiu juntamente com a evolução dos meios de comunicação. A mídia sempre caminhou de mãos dadas com a política, mas nunca como atualmente, onde se nota uma mudança radical no modo como são expostas as propostas e até mesmo os candidatos. Antes os meios mais comuns de transmissão de idéias e propostas eram os jornais e rádios, os quais não passavam muito, ou precisamente, os perfis dos candidatos. Atualmente também estão em campo, e até de maneira mais forte e de maior abrangência, a internet e a televisão, que com suas particularidades, conseguem mostrar mais dos candidatos. Fatores estes podem ser determinantes na decisão do voto da população, é através desses meios que a população pode realmente conhecer os candidatos e suas propostas. Nos moldes atuais da Comunicação Política, o que melhor se vende é eleito.

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  28. "Marketing é o que você tem que fazer quando o seu produto não é bom".
    Começo com essa frase e destaco um comentário que considero importante do documentário. O José Gonzales, criador da campanha do Serra diz “Estamos todos de acordo com que tem que ser feito, agora vamos ver quem é o cara que tem mais condições de fazer”. Porque destaquei isso? É bem simples, naquele momento não estava mais discutindo a ideia, as propostas, a mudança e sim a imagem, a pessoa, a palavra, o que passava mais confiança à população, daí veio a batalha pela visibilidade e voz.
    Durante esse processo eleitoral que vivemos hoje, em que o financiador e o melhor marqueteiro são os vencedores, são consequências do nosso passado. O brasileiro que durante a ditadura militar não participava do processo eleitoral, precisava de um “peixe” para ser pescado, no caso as eleições diretas, que pouco funcionam para uma construção rica de um país. Além disso, é curioso o papel da comunicação social tanto no jornalismo, quanto na publicidade, desde o rádio, até a marcante chegada da televisão.
    No texto do Wilson Gomes que estudamos, é debatida essa relação de verdadeira democracia, entre a visibilidade e discussão, no qual percebemos no documentário o total destaque à visibilidade. Um exemplo claro é que os candidatos de partidos menores que possuem um tempo de imagem curto em tevê, muitos não são convidados para debates e assim não apresentam suas ideias. A campanha da Marina Silva (2010), por exemplo, foi sensacional do ponto de vista de visibilidade, o marketing molda aquilo que a população necessita, no caso da Marina, seria a alternativa que faltava naquele exato momento.
    Concluo meu comentário exaltando o sentimento do brasileiro quanto à política, além de nos mobilizarmos a cada 4 anos com a Copa do Mundo, o brasileiro se pinta nas eleições, seja azul ou vermelho ou até mesmo verde, erguem suas bandeiras e gritam pelo poder, pelo que aí está. Como disse o Genuíno “A política não é um produto, é uma causa, um objetivo”. Será mesmo que não é um produto? Hoje só vemos o melhor vendedor ganhando o cliente. Quem dera que o povo se pinte de cor, erguesse sua bandeira como nas eleições e defendendo sua cor, uma única cor, a cor da igualdade, a cor do melhor, a cor da justiça, a cor do povo. Só o povo discutindo, organizando-se, conquistará mesmo a democracia. Que se pinte de mudança. Que se pinte de REVOLUÇÃO.

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  29. O documentário "Arquitetos do Poder" que tem como objetivo fazer uma relação entre a mídia e a propaganda política, trás uma reflexão quanto ao poder de persuasão que o marketing publicitário infere frente à propaganda política, onde nota-se cada vez mais a sua abrangente participação, tornando-se não mais somente um recurso, e sim a principal arma utilizada em favor da propaganda política. Percebe-se que o marketing já era utilizado há muito tempo, não com essa palavra, mas com a mesma função. Desde muito fazia-se da propaganda uma arma de defesa ou mesmo de combate; agora, trata-se pois de uma ferramenta intrínseca à candidatura de qualquer político. Antes de mais nada, o processo de candidatura passa por uma relevante propaganda repleta de efeitos, de técnicas de imagem, de formato com o intuito de moldar o candidato, de vestir-lhe uma moldura e "vendê-lo". O processo eleitoral passou a ser mais uma propaganda publicitária política do que o "simples" ato de eleger seu preferido.

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  30. A campanha eleitoral deveria ser um momento de discussão, de debate. Porém, nem sempre prevalece a lógica do argumento. “se você conseguir cativar pela persuasão, você tem muito mais facilidade de exercer o poder”. De fato, o marketing político constrói campanhas demagogas, que conquistam o eleitor muito mais pela emoção que pela razão.
    Um candidato dificilmente seria eleito sem uma estratégica de marketing bem estruturada por trás de sua campanha. No documentário “Arquitetos do poder” vemos isso claramente. Acompanhamos todas as campanhas de Lula e percebemos como elas vão construindo o personagem carismático que o povo queria.

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  31. Tanto no docucumentário quanto na entrevista, fica evidente que na democracia prevalece o poder do uso da imagem no marketing político. A partir da mudança tecnológica, há uma adaptação de um novo formato na linguagem do discurso político, para que se consiga a atenção da opinião pública. Na política para conseguir um bom feito, uma boa campanha, é necessário reder-se aos melhores publicitários e produtoras, com custo alto, desfavorecendo assim, partidos que não podem custiar valores exorbitantes. DEMOCRACIA: GASTOU + CONVENCEU = GANHOU.

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